'Freios não funcionaram', diz motorista de caminhão que prensou carro na Washington Luís, em Rio Preto
Caso é investigado pela Polícia Civil como homicídio culposo na direção de veículo

A Polícia Civil investiga o acidente que vitimou o advogado de Rio Preto, Glaucio Rogério Gonçalves Gouveia, de 54 anos, ao ter o carro prensado entre dois caminhões, na tarde desta quarta-feira, 20, na rodovia Washington Luís (SP-310), em Rio Preto. De acordo com o relato do motorista do caminhão Volvo FH, ele estava trafegando em marcha lenta pela rodovia quando, ao acionar os freios, estes não funcionaram, vindo a colidir na traseira do carro.
À polícia, o caminhoneiro, de 58 anos, informou que conduzia o caminhão-tanque no sentido Rio Preto a Mirassol e, por haver obras na pista, o trânsito estava lento. O homem afirmou que, com base nisso, conduzia o veículo em marcha lenta, parando e andando.
Em determinado momento, o carro que estava à sua frente se afastou e ele teria retomado a marcha. Porém, no quilômetro 444, o trânsito novamente parou e, ao pisar no pedal do freio, este não funcionou. Ainda destacou às autoridades que afundou o pé, mas o caminhão não parou, vindo a colidir na traseira do Renault Captur, prensando ele contra o caminhão semi-reboque que estava a frente.
O caminhoneiro alegou que estava dirigindo a menos de 20 km/h, porém o local era uma descida. O caminhão estava carregado com ácido sulfúrico, mas não houve vazamento do produto perigoso, segundo o Corpo de Bombeiros.
No acidente, foram atingidos dois caminhões, o carro em que estava Glaucio e outro veículo, um Fiat Mobi, conduzido por um homem de 46 anos, que transitava na faixa da esquerda da rodovia.
A perícia técnica esteve no local.
Foi realizado teste do bafômetro em todos os condutores envolvidos, com resultado negativo para todos.
O corpo da vítima foi retirado do carro e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório.
O caso foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor e será investigado pela Polícia Civil.
*Estagiário sob supervisão de Joseane Teixeira